quinta-feira, 15 de setembro de 2011

BH realiza a primeira Conferência LGBT



O tema “Por uma BH livre da pobreza e da discriminação: promovendo a cidadania LGBT”, aconteceu nos dias 9 e 10 de setembro, I Conferência pelas Políticas Públicas para Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais – LGBT, evento que reuniu cerca de 300 delegadas e delegados e 50 observadoras(es) e convidadas(os).


A abertura contou com a presença do prefeito da capital mineira, Marcio Lacerda; do Secretário de Políticas Sociais, Jorge Nahas; do Secretário Adjunto de Direitos e Cidadania, José Wilson; bem como a vereadora Silvia Helena (PPS), representando a Câmara dos Vereadores de Belo Horizonte; a representante da Defensoria Pública Estadual; e Soraya Menezes, representando o Movimento LGBT de Belo Horizonte.


No segundo momento da abertura, houve uma mesa “Políticas LGBT: reflexões sobre o Plano Nacional”, com a presença do professor Marco Aurélio Máximo, representando o Núcleo de Direitos Humanos e Cidadania LGBT (NUH/UFMG) e de Julian Rodrigues, representado o Conselho Nacional LGBT. Ambos fizeram uma análise da trajetória do Movimento LGBT e perspectivas no momento das Conferências.

No dia 10/09/11, houve a exposição dos eixos temáticos. Na cultura, Luiz Henrique de Oliveira, representante da Fundação Municipal de Cultura – FMC, fez uma análise sobre a Cultura em BH e suas possíveis ações prol-LGBT. Na educação, Leonardo Tolentino, do NUH/UFMG, fez uma reflexão sobre o preconceito homofóbico nas escolas e as políticas públicas na Educação.  Mateus Westin, coordenador municipal de DST/AIDS, apresentou o cenário sobre a saúde de BH e apontou a necessidade da inclusão dos LGBT na saúde integral. E para falar de Direitos Humanos, Segurança Pública e Justiça, a Dra. Ellen Márcia, da Polícia Civil, apresentou cenário de violência homofóbica em BH e apontou a necessidade criar um equipamento da Polícia Civil voltado para atender a população LGBT.


Após o painel, os participantes foram para os Grupos de Trabalho, divididos em cincos eixos: Direitos Humanos, Segurança Pública e Justiça Educação; Cultura; Trabalho e Renda; Saúde; e Educação. Depois do debate e a votação das três propostas prioritárias de cada eixo, houve o processo de votação das delegadas e delegados da I Conferência Municipal LGBT BH.

O processo de escolha respeitou a divisão entre a sociedade civil e poder público, e da identidade de gênero, considerando 60% do gênero feminino e 40% do gênero masculino.

Na plenária final, houve a votação das propostas, moções e a ratificação, por aclamação, da delegação de Belo Horizonte para II Conferência LGBT de Minas Gerais.

A Conferência LGBT de BH foi um marco histórico pra a luta pelos Direitos Humanos e a efetivação da cidadania da comunidade LGBT, bem como para democratização do Estado e de Belo Horizonte.